ENSINO À DISTÂNCIA

ENSINO À DISTÂNCIA

sábado, 19 de dezembro de 2009

Outras ferramentas

Existem outras ferramentas que a princípio não promovem a interação de todos para com todos seguindo uma concepção sócio-construtivista, mas que podem ser adaptadas:
Questionário: através deste é possível armazenar questões de variados tipos, como múltipla escolha, Verdadeiro ou falso, associativa, discursiva, etc. Com as questões armazenadas, é possível gerar avaliações online, onde o aluno pode até executar várias tentativas, obtendo uma nota média ou maior de todas tentativas. Quando se permite várias tentativas, o aluno pode reavaliar suas respostas e tentar novamente, procurando corrigir seus próprios erros. A priori esta atividade é estritamente individual, realizada por uma conta de acesso, mas pode ser feita em grupo, desde que o professor o permita.

Tarefa: nesta atividade o professor propõe um problema e aluno fornece um resposta por arquivo ou realiza uma atividade off-line (sem necessitar entrega de arquivo, presencialmente). A priori a ativadade é tradicionalmente individual, mas pode ser utilizada de forma colaborativa, quando o professor apresenta para a turma uma tarefa bem realizada, servindo como incentivo para o autor da tarefa e fornecendo um bom parâmetro para outros alunos seguirem.
As ferramentas seguintes não puderam ser adaptadas para uma perspectiva sócio-construtivista:



Diário: é uma atividade onde o aluno interage com o professor, enquanto elabora um texto que é continuamente revisado.


Notas: todas as atividades possuem uma nota que podem ser centralizadamente consultadas pelo recurso de notas.

Sócio-construtivismo nas ferramentas 2



Workshop
É uma atividade de avaliação entre pares (participantes) e possui uma grande variedade de opções. Possibilita que os participantes avaliem projetos de outros participantes e em diversos modos, além de organizar o recebimento e a distribuição destas avaliações.
É uma ferramenta bastante configurável, permitindo proporcionar uma boa experiência entre os participantes, visando desenvolver uma avaliação justa entre alunos e professores. Segue exemplos de alguns de seus vários parâmetros de configuração:
Peso para avaliações do professor: permite atribuir um peso menor ou maior para as avaliações de trabalhos realizadas entre alunos ou pelo professor.
Auto avaliação: permite que o próprio aluno se avalie;
Avaliações devem ser aceitas: permite que o aluno aceite a avaliação de outro ou não;
Esconder notas antes da aceitação: controla o aparecimento ou não da nota, ou seja, dependendo do texto da avaliação realizada por outro aluno, antes de aceitar ou não a nota.
Esconder nomes de Alunos: permite que as avaliações realizadas por outros sejam anônimas;



Wiki
Wiki é uma ferramenta que permite construir ou alterar documento coletivamente com uma linguagem simples de marcação usando um web browser. O termo "wiki Wiki" significa "super rápido" na lingua havaiana, e está relacionado a velocidade de criar e de atualizar páginas, que é um dos aspectos definidos na tecnologia do wiki. Geralmente, não há nenhuma revisão prévia antes que as modificações sejam aceitadas, e a maioria de wikis são abertos ao público geral ou ao menos a todas as pessoas que têm também o acesso ao usuário do wiki.
Mantém histórico de desenvolvimento do texto armazenado, podendo ser visualizado ou recuperado, ou seja, voltar o texto para uma versão antiga e diferenciar uma versão antiga com o texto atual. Ele registra a data das alterações, o usuário que fez a alteração e a versão do texto.
Segundo experiências de Elidiani Lima em implantação do Wiki no SENAC, temos o seguinte: "Utilizamos o recurso wiki há 4 meses e com 7 turmas distintas, para elaboração de trabalhos em grupo. Na primeira experiência de desenvolvimento de trabalhos colaborativos, os alunos tiveram dificuldade de aculturação, uma vez que não estavam acostumados em edição on-line. Estranharam quando souberam que a última versão online do documento já era o trabalho pronto, pois estavam acostumados a editar off-line e entregar um arquivo final. Na segunda experiência, já tiveram bem mais facilidade, não sentiram mais dificuldade e reconheceram que era uma ferramenta que agiliza a produção de textos à distância de forma distribuida e coletiva."

Sócio-construtivismo nas ferramentas 1




Fórum
O fórum é uma ferramenta de interação coletiva assíncrona, que propicia o debate de questões relacionadas aos temas abordados nos tópicos do curso e a troca de experiências entre professores e alunos, e também dos alunos entre si.
No AVA Moodle há duas formas de participação no fórum: a) responder à questão/proposição levantada pelo professor; b) responder a seus colegas de turma, procedendo da mesma maneira em relação à mensagem a ser comentada/respondida.
Neste ambiente, é disponibilizado um editor de texto para redigir sua mensagem e permite fazer o upload de documentos disponíveis em seu computador e que considere importantes para complementar respostas.
Permite escolher entre quatro alternativas de organização das mensagens enviadas para o fórum, a saber: Mostrar respostas começando pela mais recente, Mostrar respostas começando pela mais antiga, Mostrar respostas aninhadas e Listar respostas.
Os usuários podem participar de atividades, organizadas em grupos de trabalho menores, dependendo do que tenha sido disposto pelo professor ou coordenador.
Existem dois tipos de grupo: grupos separados e grupos visíveis. Quando organizados em grupos separados, a participação fica restrita ao seu próprio grupo. Se estiverem alocados em grupos visíveis, é facultada a leitura das respostas dos participantes de outros grupos, não podendo, entretanto, interagir com os componentes dos outros grupos, mas somente do seu.





Bate-papo (Chat)
Esta é uma ferramenta que possibilita aos participantes, alunos e professores, estabelecer uma comunicação síncrona por escrito, com data e hora previamente determinados.
Todas as mensagens enviadas são registradas, aparecendo com a indicação do participante e da hora de envio. Disponibiliza uma lista dos participantes que estão conectados ao chat. Neste ambiente há ainda a possibilidade de Bipar um dos participantes. O Bip servirá para mandar uma mensagem individual, que chegará na caixa de correio desse participante.
Os Chats podem ser organizados de duas formas, sendo que a mais usual é com toda a turma reunida numa mesma "sala" (janela de interação), ou um chat com a turma organizada em grupos separados. Caso o chat esteja configurado para ser feito em grupos separados, ao acessá- lo o aluno entrará automaticamente no grupo para o qual está inscrito pelo seu tutor.
Segundo experiências de Elidiani Lima, na utilização de bate-papo no SENAC: "Percebe-se que há uma dificuldade em sincronizar o comparecimento simultâneo de alunos no chat (bate-papo), mas a interatividade e a sociabilização proporcionada pela ferramenta entre os que comparecem e o tutor é uma grande vantagem. Para possibilitar maior participação e contato, vários horários de chat são marcados, geralmente de 3 a 4 vezes por semana e em turnos diferentes, alguns até no horário de almoço para permitir a participação de quem trabalha período integral. Para deixar a conversa mais à vontade, a atividade não é obrigatória e serve principalmente para esclarecimento de dúvidas e sociabilização, melhorando o relacionamento e melhoria de aspectos afetivos entre participantes.

Apesar de não suportar voz e vídeo, tecnicamente a ferramenta atende e supre todas as necessidades, permitindo de forma robusta atender a comunicação na turma, necessitando somente de um navegador com conexão a Internet..."

Sócio-construtivismo nas ferramentas



O Moodle possui várias ferramentas que reforçam os princípios sócio-construtivistas em que se baseia. Iremos apresentar algumas das ferramentas, que mais evidenciam este aspecto.



Perfil Integrado

É um local que diz respeito às informações do próprio usuário. Nesta area, há um formulário com inúmeros campos. Na primeira parte, define dados quanto à inscrição no curso. Na segunda parte do formulário, inicia-se com dados opcionais que pode ou não ser preenchida pelo usuário. Este espaço pode ser personalizado com a colocação de fotografia entre outros, trata-se de informações do próprio usuário.
Em perfil, o usuário pode ler as mensagens recebidas desde a última vez que saiu do Moodle, pode mudar senha. Clicando em mensagens no fórum, tem-se acesso, isoladamente, às mensagens enviadas pelo próprio usuário ao fórum, e no interior do box de cada uma é possível visualizá-las em seu contexto. Clicando em relatório de atividades, o usuário tem acesso a uma listagem com todas as atividades/materiais constantes no curso e a sua própria participação/acesso a cada uma delas.





Blog


Este recurso é bastante recente, tanto na Internet quanto em fins educacionais [10]. É uma ferramenta voltada para que alunos possam expressar suas idéias, opinando sobre assuntos de aula ou de outros aspectos que sentir à vontade. Permite também que um possa interagir com o outro por meio de comentários. No sentido de facilitar a procura sobre opiniões ou postagens sobre determinados assuntos, esta atividade suporta a classificação dos assuntos por meio de etiquetas (tags).

Downes [10] descreve a importância do Blog na educação, da necessidade de engajar jovens em comunidades, procurando aprender não somente o que é formal, mas também aquilo que informalmente se aprende fora da escola:
"Apesar das aparências óbvias, blogar não se baseia em escrever; isto é somente o ponto final do processo... Blogar é necessariamente, ler... é ler o que é interessante para você: sua cultura, sua comunidade, suas idéias...engajar com o conteúdo e com os autores que você tem lido - refletindo, criticando, questionando, reagindo. Se um estudante não tem o que blogar, não é porque ele não tem nada para escrever ou tem uma vida pacata. É porque ele não se "estendeu ao mundo" e ainda não aprendeu a engajar significativamente a uma comunidade.... "


Aspectos Gerais do Moodle


O ambiente Moodle apresenta uma diversidade de ferramentas que podem promover tanto a comunicação síncrona (comunicação em tempo real) como assíncrona (a qualquer tempo),onde emissor e receptor não precisam estar no mesmo instante comunicativos.
É, portanto, um dos ambientes de aprendizagem mais utilizado na educação a distância e seu maior diferencial é sua aparência agradável, e de fácil instalação além de ser open source, ou seja, gratuito.
Pode ser usado, sem modificações, em Unix, Linux, Windows, Mac OS e outros sistemas que suportem PHP. E atualmente está disponível em mais de 40 idiomas.
O professor pode exercer diversas funções, não apenas pelas tecnologias aplicadas, mas também pela forma que as atividades são desenvolvidas, o professor pode desempenhar múltiplas funções, ressalvando que nem todas ocorrem em todas experiências, mas serve para mostrar o desdobramento da função docente, que no ensino presencial é assegurada por um indivíduo. Pode, ainda, criar escalas e critérios de avaliação a serem utilizados nas atividades do curso.
Possibilita ao aluno ter autonomia na realização de atividades propostas além de disponibilizar diversas ferramentas que auxiliam o professor/gestor no controle sobre o curso, os alunos, ferramentas de backup e restauração, criação de escalas para avaliação, verificação de notas, logs de alunos, gerenciamento de arquivos do curso, além de fóruns de tutores para troca de informações entre os professores.
O Moodle é um ambiente que privilegia espaços de interação e elaboração coletiva de idéias. Está focado numa abordagem centrada no papel ativo do sujeito controlando sua ação educativa, principalmente quando o ato educativo é entendido como um momento de construção de conhecimento, de intercâmbio de experiências e criação de novas formas de participação.
Propicia, finalmente, o crescimento dos alunos na busca de processos mais autônomos, questionando e procurando ultrapassar relações de dependência e sujeição tão evidentes em modelos tradicionais.
Uma das suas principais vantagens sobre outras plataformas é seu forte embasamento na Pedagogia Construcionista, evidenciada com declaração em seu próprio sítio. É necessário observar que a ferramenta potencializa seu uso em uma concepção sócio-construtivista, mas não garante que sua execução será bem aproveitada; tudo depende da capacitação e disposição do docente em utilizar criativamente e efetivamente a total capacidade do AVA.
Postado por: Renan Vieira.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Texto: Dicas para Realização de um Trabalho Colaborativo


Objetivo: fazer uma reflexão mais aprofundada uma das temáticas retratadas no módulo 4 a aprendizagem colaborativa.

O que é colaboração

Colaboração é o processo em que duas ou mais pessoas trabalham em função de uma interseção de objetivos comuns, compartilhando conhecimentos, aprendizados e processos de produção de consenso.
Colaborar não requer lideranças e ás vezes pode ter melhores resultados através da descentralização e do igualitarismo.
Métodos estruturados de colaboração encorajam a introspecção, ao mesmo tempo em que permitem um refinamento comunicativo entre os colaboradores.
È importante salientar que o interessante do trabalho colaborativo é que os participantes do grupo com suas singularidades, competências auxiliam-se uns aos outros no intuito de produzir algo mais completo.
No grupo colaborativo todo conhecimento é construído conjuntamente e negociado, havendo um fluxo de comunicação contínuo.
Equipes que trabalham colaborativamente tendem a gerar melhores resultados, inclusive quando há limitação de recursos.

Os Sete Pressupostos da Colaboração
De acordo com o livro Graphic Desing Collaborative Processes – Muneera Spence
Procure pelo denominador comum: descubra valores compartilhados, experiências pessoais similares, preste atenção no que o outro diz, seja você mesmo e espere o mesmo do outro, esteja disposto a aceitar as diferenças entre opiniões e entendimentos.
Aprenda sobre o outros: considere as expectativas e necessidades do outro, sem deixar de dizer claramente quais são as suas; cultive a liberdade de expressão.
Critique resultados, não pessoas: não perca tempo com hostilidade pessoais, tente fazer com que os outros se sintam bem, evite ataques pessoais, conservando uma atitude crítica em relação ás práticas e resultados.
Respeite e seja respeitado: ouça com atenção opiniões alheias, tenha uma atitude positiva e amigável, coloque-se no lugar do outro, considero as emoções do outro, fale com confiança, mas submeta-se á critica.
Vá com calma: apresente uma idéia de cada vez, procure saber se está sendo compreendido antes de mudar de assunto, fale de forma organizada e em uma seqüência lógica.
Seja direto e claro compartilhe: suas idéias e sentimentos, preste atenção em gestos e na comunicação não verbal, olhe no olho, escolha palavras que têm significado para seu interlocutor.
Lembre-se dos cinco “Cs” da comunicação: clareza, completude, concisão, concretude e correção.

Etapas Básicas do Processo de Colaboração
Respeito: Em que os membros estabelecem juntos os objetivos gerais, respeitando as expectativas e necessidades de todos.
Idealização: Estágio em que as idéias são desenvolvidas, no qual o dissenso tem papel fundamental. È necessário reverter a conotação negativa da discórdia, para que ela passe a estimular a geração de novas idéias inovadoras.
Exercício: momento em que as formulações são submetidas às forças do mundo real. Nesta fase, o erro é o melhor amigo dos colaboradores, sendo fundamental para que novas soluções e respostas sejam encontradas.
Consenso: é o último estágio, em que todos os colaboradores devem concordar sobre a forma final assumida pelo processo/produto. Caso não se estabeleça o consenso, a idealização e os exercícios devem ser re-examinados até que se encontrem o denominador comum.

Empecilhos à colaboração Efetiva
- Dificuldades em produzir consenso quando existem diversos pontos de vista, o que pode tornar a tomada de decisão bastante complicada. Mesmo quando colaboradores conseguem concordar entre si, é grande a possibilidade de que ainda assim as suas perceptivas sobre o objeto sejam diferentes, o que tende a ocasionar um consenso ilusório.
-Hierarquias Rígidas fazem com que potencialmente mais qualificadas sejam impedidas de colaborar em razão de sua posição social ou profissional. Normalmente, as pessoas que ficam “por baixo” obedecem ordens. E isso não é colaboração.
- Medo do diferente – que pode ser expressado pela relutância em colaborar com estranhos ou na dificuldades em aceitar ou conceber idéias novas.
- Determinação em mater o status quo, ou seja, situações em que pessoas têm medo de perder alguma condição, posição social ou profissão quando compartilham conhecimentos.

Quais os benefícios do trabalho colaborativo:
- facilita a formação de parcerias que respondam ás demandas;
- acelera o fluxo de informações;
- possibilita a atuação coletiva capaz de causar impactos mais efetivos nos âmbitos local, regional, nacional e, porque não, transnacional;
-possibilita o intercambio entre diferentes pessoas.

O que significa trabalhar de forma colaborativa.
A idéia de colaboração é simples, nada mais trabalhar em comum (juntos) e para um comum (coletivo). Contudo, a aparente simplicidade desse conceito esbarra em uma serie de fatores sócio-culturais que dificultam sua concretização: educação competitiva, cordialidade, paternalismo, individualismo, autoritarismo, dificuldades de lidar com a diferença.
Todas essas dificuldades, se não impedem, podem levar uma pessoa ou grupo a não vivenciar o trabalho colaborativo em toda a sua potencialidade. No entanto, quando essa colaboração está associada a uma organização em rede, essas atitudes negativas perdem sua força e não encontram terreno para afetar os demais.
O trabalho colaborativo exige dos participantes habilidades comunicativas, técnicas interpessoais, relações simétricas e recíprocas; desejos de compartilhar a resolução das tarefas (responsabilidade individual no alcance do êxito do grupo).
È preciso ter um ambiente adequado, que permita a interação entre colaboradores; a coordenação dos trabalhos tem que ser precisa para estabelecer um correto sincronismo das tarefas; a rede de comunicação tem que ser projetada de forma adequada.
É importante salientar que para o sucesso do trabalho colaborativo depende da participação de cada colaborador.

Alguns sites Colaborativos

OVERMUNDO – http:// www.overmundo.com.br
YOUTUBE – – http:// www.youtube.com.br
ESCOLA DE REDE -– http://escoladeredes.ning.com
KASA VAZIA – http// kazavazia.saraiva.org/main/homepage
INTER-REDES - – http://www.inter-redes.org.br
Por:Meimei Alessandra de Oliveira

ACOLHIMENTO
A ARTE DE ACEITAR

Assim como dar limites, saber acolher também pode fazer toda a diferença. Se o limite é uma atitude masculina, o acolhimento é feminino. Não significa que dar limites é uma atitude do homem, e acolhimento da mulher. Há certos casos, que é o pai que acolhe e a mãe que dá os limites. Feminino e masculino são aspectos existentes em cada ser humano e que se pode aprender a balanceá-los dentro de si.
Se a imagem do limite pode ser a de uma espada, a do acolhimento pode ser a de uma concha. Pulsar, como a respiração ou as batidas do coração, entre estar fora no mundo e dentro da sua intimidade, é um movimento de harmonia.
Há hora para tudo. A fluidez entre os dois é uma questão mais de intuição e sensibilidade do que da razão.
Auto-acolhimento
Acolher pode ser sinônimo de receber, aceitar, confortar ou dar colo e o oposto de rejeitar e julgar.
Quando a vida parece apresentar todas as adversidades possíveis e você ainda continua sendo o seu melhor amigo. Ou então você fica quieto, pede ajuda, se aconchega e dá a você mesmo mais do que você pensa que você merece.
Acolhimento é um afago, é a maior expressão de amor-próprio e busca de bem estar. É dizer que está tudo bem, podendo aconchegar ao coração sua luz e sua sombra. É algo macio e simpático, estar mais perto e com você mesmo. É a permissão de relaxar. Fazer um
pedido e realizá-lo. Receber o que você precisa no momento. Um espaço onde não há lugar para a culpa ou cobranças.
Acolher o outro
Mesmo que você discorde do outro, você permanece ainda do seu lado. Há momentos que suspender a razão, evitando conselhos e maiores entendimentos da situação, é a melhor coisa a ser feita.
Porque tem horas que não queremos saber de nada, só sentir. Dar um abraço, a mão, seus ouvidos, olhar nos olhos, na mais ampla definição de estar junto. O silêncio e a simples presença pode ser o mais recomendável.
Acalentar o outro quando ele está lindo e agradável é quase que imediato. Estar junto numa crise, compreender sem questionar, acolher as diferenças com abertura e carinho é o desafio. O senso de pertencimento é o melhor que podemos proporcionar a um outro ser
humano.
Isto pode ser o caminho para acabar com as exclusões e preconceitos que tanto sofremos, é uma questão de saber acolher até o que parece estranho, com generosidade, maturidade e sabedoria.
Experimente: Formas de acolhimento
Acolher uma dúvida – Ao invés de se debater, aceitar que ela existe. Os grandes sábios transformam dúvida em pergunta. A resposta sempre vem, quando fazemos uma boa pergunta. Deixe-a no ar. Você pode conviver com incertezas. O seu inconsciente vai trabalhar nesta direção. Então sem tensão e com atenção a resposta virá de alguma forma: através de um sonho, uma conversa que você ouve na rua, uma fala de um filme, um insight, etc.
Acolher um momento – Feliz ou triste, culturalmente temos dificuldade de viver o aqui e o agora. Sem julgamentos, podemos tirar o melhor proveito da dádiva que é o presente. Relaxar e confiar.
Complete a frase: “Estou vivendo um momento de ...” Isto ajudará você a permanecer aonde você está, ficando então mais fácil de lidar com o que seja.
Acolher uma crítica – Críticas são bem vindas quando nos fazem pensar e nos acrescentam uma nova visão de nós mesmos. Escutar sem nos preparar para defesa, é uma atitude madura e que traz evolução.
Acolher um elogio – Receba um estímulo positivo, ele é um alimento emocional e você o merece. Se alguém está falando é porque você conquistou este lugar. “São seus olhos” e “não foi nada” – são frases de desvalorização. Receba um elogio com um sorriso de agradecimento.
Autor:Desconhecido
Por:Renato Lisboa

A importância das ferramentas disponibilizadas


Durante o módulo de acolhimento do curso de pós graduação à distância em Gestão Pública Municipal, muitas ferramentas foram disponibilizadas e seu uso incentivado, como por exemplo: Google Apps, o wiki, blogs, fórum etc, no intituito de auxilar ao aluno.Além dessas ferramentas, também fizeram parte do referido módulos, diversos textos de apoio e atividades sugeridas.Os textos presentes na plataforma foram de grande valia pois além de contribuirem para a formação do conhecimento, auxiliaram na realização das atividades. Estas por sua vez, demonstraram a importância de se ter disciplina em um curso à distância.As ferramentas como google apps, wiki, blog e fóruns, é de grande valia para interação dos alunos entre si e com a universidade, por meio de seus tutores.

Por Walleska Guimarães Vieira Gomes

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Momento 5 - Pedagogia da autoria




* Carmen Moreira de Castro Neves
Especialistas em educação são unânimes em reconhecer que as novas tecnologias da informação e da comunicação revolucionaram a educação a distância, possibilitando interações que abrem caminho para processos educacionais com elevado padrão de qualidade e que se refletem na educação presencial, dando-lhe uma nova dinâmica. Podemos considerar que evoluímos quando não adjetivarmos mais a educação com presença ou distância e soubermos integrar harmoniosamente espaços e tempos de aprendizagem, trabalho individual e colaborativo, a produção de textos,sons e imagens. Trata-se de aprender de forma intencional, profunda e ética, valorizando os sujeitos –
educadores e alunos. Para vencer esse desafio sempre adiado de valorização dos sujeitos, posto há muito por grandes educadores, o texto propõe a pedagogia da autoria, partindo do programa TV Escola e do curso Mídias na Educação, mas indicando sua relevância em todos os processos educacionais, inclusive na formação profissional.


1. EDUCAR EM UM MUNDO SEM DISTÂNCIAS
O final do século XX mudou definitivamente a educação a distância. As tecnologias da informação e da comunicação – TICs – trouxeram contribuições essenciais ao processo de educar e educar-se a distância, especialmente ao possibilitar interações síncronas e assíncronas de alunos e tutores (professores ou orientadores, dependendo do projeto) e de alunos entre si, prática que favorece o trabalho colaborativo.
Em decorrência dessas interações, todo o processo educacional passou a exigir revisão de paradigmas: planejamento, gestão, profissionais multidisciplinares, materiais didáticos, infra- estrutura, avaliações, relação tutor/ alunos, arquitetura da escola, investimentos. Todos os componentes da educação vêm sendo aperfeiçoados na perspectiva de colocar o aprendiz no centro do projeto educacional.
Na educação a distância contemporânea, a busca pela qualidade repele a massificação que caracterizou os cursos por correspondência de décadas passadas e investe em um atendimento mais personalizado, capaz de valorizar as múltiplas inteligências do ser humano.
Mas não foi só a educação a distância que mudou. A inserção das TICs na escolas – assim como em hospitais, empresas, bancos, supermercados, fábricas e em todas as atividades humanas – revigora a forma como se faz educação presencial. De fato, técnicas e metodologias de educação a distância passam a ser incorporadas ao dia-a-dia da escola, anunciando uma outra evolução: a integração entre presença e distância. Assim, derrubam-se as
fronteiras físicas da escola, abrem-se caminhos para novas fontes de pesquisa e conhecimento, ampliam-se os espaços educacionais, combinam-se momentos presenciais com virtuais, renova- se o papel de professores e gestores comprometidos com a concretização de uma educação contextualizada e de qualidade.
Nesse cenário e com o aumento do uso das redes, de equipamentos como as web-cams e de possibilidades de encontros síncronos, nota-se um esgotamento da expressão "educação a distância".
Em alguns países, a denominação educação a distância está sendo abolida, para representar um projeto educacional mediado por tecnologias em que as interações ora são presenciais, ora a distância: na Suécia, é educação flexível, na Inglaterra, educação combinada; na China, educação móvel.
A verdadeira evolução será quando não for preciso adjetivar a educação com presencial ou a distância: simplesmente educação. Infelizmente, o Brasil não está pronto para essa evolução: ainda discutimos legislação específica para EAD; ainda há perguntas sobre quanto deve ser o percentual para um curso ser considerado a distância ou presencial; ainda há dúvidas, mesmo em universidades, sobre haver ou não qualidade em um curso a distância; ainda são escassos e espasmódicos os investimentos em infra-estrutura tecnológica nas instituições públicas; as licenciaturas continuam diplomando professores sem domínio de diferentes linguagens e tecnologias; ainda não conseguimos sensibilizar as agências reguladoras e as empresas de telecomunicações para a importância de tarifas diferenciadas, o mais possível próximo de zero, para a área de educação; ainda falta aos estudantes a cultura de estudar de modo autônomo, independente e responsável; ainda não temos um laboratório em cada escola pública quanto mais computadores em cada sala de aula...
Nada disso, no entanto, deve ser motivo para desânimo. O panorama no país mostra experiências animadoras em educação básica, técnica, tecnológica, graduação, pós-graduação e corporativa, em instituições públicas e privadas.
A comparação entre o que há para ser feito e os bons resultados já alcançados deve motivar o país a definir políticas públicas para vencer desafios. E os principais desafios são:
(1) a universalização da educação básica e a expansão da educação superior; (2) a valorização dos profissionais da educação, assegurando-lhes salário, formação continuada e condições de trabalho; (3) a adoção de modelos pedagógicos que efetivamente coloquem o aluno como foco da aprendizagem, garantindo elevado padrão de qualidade em todos os níveis, modalidades e etapas e (4) a democratização do acesso às tecnologias nas escolas, na perspectiva da inclusão digital da população1.
Os dois primeiros desafios são óbvios. Qualquer análise que seja feita sobre um país condiciona seu desenvolvimento humano e crescimento econômico ao nível de educação do seu povo. Universalizar a educação básica (apenas a fundamental já não é suficiente, principalmente em países de grande população de excluídos), expandir os índices de acesso à educação superior e ter profissionais bem formados e motivados são pilares para a soberania em um mundo globalizado.
Os dois últimos se interligam: qualidade na educação significa a formação de cidadãos éticos, capazes de construir conhecimento, ler e interpretar criticamente o mundo e de agir sobre a realidade, melhorando a própria vida e a da comunidade. Uma das estratégias para a qualidade no processo de ensino e aprendizagem é a adoção de uma pedagogia que coloque o aluno como centro da ação educacional. As tecnologias facilitam esse processo, modificando o papel do educador e dos alunos na sala de aula.
A Secretaria de Educação a Distância – Seed, do MEC, criada em 1996, conhece as resistências e incertezas quanto ao uso e impacto das tecnologias nos processos formativos, bem como os desafios da qualidade na educação presencial e a distância. Acreditando no potencial educativo das tecnologias e com base nas experiências de implantação dos programas2 TV Escola, curso
TV na Escola e os Desafios de Hoje, Programa Nacional de Informática na Educação - Proinfo, Programa de Formação de Professores em Exercício - Proformação, Paped e Rádio Escola, o Departamento de Produção e Capacitação em EAD da Seed, definiu como política para suas ações de capacitação, a partir de 2005, a pedagogia.

2. A PEDAGOGIA DA AUTORIA
A pedagogia da autoria busca concretizar desafios lançados por Paulo Freire, Vigotsky, Piaget, Morin e outros educadores que põem em relevo a complexidade e totalidade do ser humano e sua capacidade de construir significados e de gerar projetos e conhecimentos socialmente relevantes.
Como chegamos a ela? Em 2004, a TV Escola fez um convite aos alunos e professores, pelo próprio canal: mandem um vídeo com poesia e ele será veiculado na I Semana de Poesia da TV Escola, em outubro. Não havia prêmios ou ajuda financeira. Sugeriase às escolas um trabalho além dos muitos que ela já faz normalmente, apenas com a promessa de exibição do vídeo. Dos lugares mais distantes do Brasil, mais de 300 vídeos foram enviados e cerca de 50% com poesias de autoria dos próprios alunos. A reação dos alunos e a expectativa quanto a novas participações mostraram que, efetivamente, crianças e jovens estão prontos para criar e mostrar suas criações. Por isso, o Brasil é campeão em uso de Orkut, blogs e fotologs.
Além desse projeto, observaramse os resultados das quatro edições do curso a distância TV na Escola e os Desafios de Hoje (ofertado de 2000 a 2003), em que os educadores-cursistas precisavam desenvolver um projeto de trabalho final, aplicando o que haviam aprendido ao longo de 180 horas. A metodologia instrumentalizava os cursistas para o uso crítico e criativo de TV e vídeo em sala de aula, mas também os habilitava a produzirem seus próprios vídeos.
A quantidade de professores que optou pela produção de um vídeo, em vez de um paper, como projeto de trabalho final surpreendeu à Seed e às universidades públicas envolvidas na tutoria e implementação do curso. E
esses professores relataram que nunca mais assistiram à televisão como faziam antes e nunca mais trabalharam em classe como costumavam: sentiam-se muito mais críticos, confortáveis e seguros com o uso da TV e vídeo.
De fato, a maioria dos cursos sobre uso de tecnologias limita-se a formar um usuário. Ao deparar-se com os alunos, no entanto, o professor percebe-se diante de alguém que se aventura e cria páginas na web, blogs, fotologs, inventa filminhoscom a câmera digital, domina os recursos de um celular, enfim, alguém capaz de produzir.
Processos educacionais, portanto – sejam presenciais, sejam a distância –, devem ser mediados por tecnologias, mas não se restringir ao manuseio do equipamento e à mera reprodução do que já está feito.
A pedagogia da autoria é intencional, profunda, ética. Parte do conhecimento que está produzido fica disponível em livros, revistas, jornais, televisão, vídeos, internet, CD-ROMs, DVDs, dicionários, etc. Mas não pára aí: a partir da exploração, análise e da experimentação diretas de todos esses recursos, os professores e alunos expressam- se por meios de suas próprias produções, também utilizando esses mesmos recursos: textos, internet, vídeos, programas de rádio etc., inclusive combinando-os entre si. O compartilhamento do processo de produção e a avaliação dos produtos geram novas análises, visões interdisciplinares e novas produções, impulsionando um contínuo crescimento.
Trata-se, pois, de uma pedagogia que incentiva o uso integrado de múltiplas linguagens e promove a autoria e o respeito à pluralidade e à construção coletiva, reconhecendo nos alunos, professores e gestores sujeitos ativos e não passivos. Esta idéia, como já foi dito, não é nova, mas vem sendo sempre um desafio raramente vencido. Como, portanto, concretizar a pedagogia da autoria?
O Departamento de Produção e Capacitação em Educação a Distância da Seed estabeleceu duas estratégias básicas. A primeira partirá de uma nova forma de oferecer os programas da TV Escola; a segunda adota a própria pedagogia da autoria para os cursos de formação continuada nas mídias que enriquecem a educação. Há uma terceira estratégia, relacionada à infra-estrutura tecnológica, que, apesar de não estar afeta ao Departamento, é necessária à consolidação dessa proposta. A seguir, apresentam- se algumas idéias sobre as referidas estratégias.

3. A PEDAGOGIA DA AUTORIA NA TV ESCOLA
A TV Escola passa a adotar, em 2005, uma pedagogia nova na produção de seus próprios programas. O objetivo é levar às escolas públicas estratégias didáticas capazes de estimular educadores e alunos a serem leitores críticos, autores criativos e cidadãos conscientes do potencial e dos limites da mídia, livres da manipulação e da massificação que pode ser exercida pelos meios de comunicação.
A proposta é a produção de programas para a TV Escola no seguinte formato: pré-exibição; exibição e pósexibição.
1. Pré-exibição: concisa orientação e preparação do educador para a análise do vídeo e sua futura utilização, dentro e fora da sala de aula. A préexibição vai ao ar pela TV Escola, podendo estar também na internet e em impressos, e busca atrair o educador, despertando seu interesse em relação aos objetivos, conhecimentos e competências que podem ser explorados com o programa, assim como seu uso multidisciplinar, além de auxiliá-lo a preparar um plano de aula mais completo e diferenciado;
2. Exibição: é o programa televisivo que vai ao ar pela TV Escola e que aborda determinado tema, utilizando todos os recursos da moderna televisão, garantidas qualidade de áudio, imagem e conteúdo científico-cultural-educacional. A exibição terá uma duração máxima de 55 minutos, mas deverá
ser desenvolvida em episódios, segmentos ou capítulos menores, de modo a permitir à TV Escola e às escolas um uso mais flexível, adaptando-se ao tempo de aula e às diferentes situações pedagógicas, inclusive facilitando a indexação e o download via internet;
3. Pós-exibição: é o conjunto de atividades multimeios que complementa a aprendizagem proporcionada pelo vídeo e que será disponibilizado no e-proinfo3 – ambiente de aprendizagem da Seed/MEC. Aqui o aluno poderá testar e aprofundar os conhecimentos adquiridos por meio de textos complementares, sites e vídeos correlacionados, jogos educativos, Webquest, enquetes, acervo de imagens, mural de publicações, games etc. Essas ferramentas serão desenvolvidas em diferentes tecnologias, para democratizar o acesso e permitir seu uso antes mesmo de estar disponível a tecnologia de televisão digital interativa, podendo migrar para ela, assim que possível. É função da pós-exibição incentivar a autoria. Espera-se que alunos e professores – a partir do roteiro do programa, do vídeo digitalizado e indexado e das inúmeras sugestões de atividades – desenvolvam suas próprias idéias, programas e projetos, harmonizando o global com o local e contextualizando a educação, sentindo-se responsáveis e ativos na construção da própria história e a da sua comunidade.
Como primeiro passo no desenvolvimento dessa proposta, houve o lançamento da I Chamada Pública para seleção de conteúdos educacionais, no âmbito do Programa de Fomento à Produção de Programas Educacionais Multimeios, sobre temas relativos à Língua Portuguesa e Matemática, a partir das matrizes curriculares da 4ª série do ensino fundamental estabelecidas pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica – Saeb4.
Constitui objeto da I Chamada Pública a premiação de programas educacionais que abordem um determinado conteúdo de Língua Portuguesa e Matemática, desenvolvidos a partir do formato de préexibição, exibição e pósexibição.
Ao definir o Saeb como ponto de partida do Programa de Fomento à Produção de Programas Educacionais Multimeios, a TV Escola ratifica seu compromisso com a qualidade na educação e estabelece como espinha dorsal da produção própria dois domínios essenciais a todo cidadão: o da língua materna e o do raciocínio lógico-matemático. Na continuidade do Programa de Fomento, deseja-se atingir a 8ª série e o ensino médio (neste nível, unindo-se os referenciais do Saeb e Enem). Essa opção não quer dizer que outras áreas curriculares estarão fora da programação da TV Escola. Trata-se de uma prioridade da produção própria, visto que programas dasdemais disciplinas (Artes, Geografia, História e outras) podem ser encontrados com mais facilidade no mercado nacional e internacional. Na medida da disponibilidade de recursos financeiros, a área de Ciências também deverá ser contemplada nas próximas Chamadas Públicas, tendo em vista a necessidade de desenvolver a curiosidade e o espírito científico dos nossos estudantes.


4. A PEDAGOGIA DA AUTORIA NA FORMAÇÃO CONTINUADA DE EDUCADORES
Uma inovação provoca impacto na educação e é incorporada nas escolas somente se gestores e professores acreditarem nela, perceberem seu potencial pedagógico e souberem explorá- la adequadamente.
Assim, a formação continuada para o uso das diferentes linguagens e tecnologias na educação, proposta pelo Departamento da Seed responsável pela capacitação, leva em conta a avaliação de todos os cursos realizados como suporte à TV Escola, Proinfo, Proformação e Rádio Escola.
O projeto que está em processo de desenvolvimento, iniciado em outubro de 2005, é o "Programa de Formação Continuada Mídias na Educação".
Nele, há duas premissas básicas: a pedagogia da autoria e a integração das mídias. Ou seja, a proposta ousada é que, ao final da trajetória do programa, o educador saiba produzir e utilizar as quatro linguagens e tecnologias básicas,
que deveriam estar presentes em todas as escolas: material impresso, televisão, informática e rádio.
O programa está estruturado em módulos temáticos. O acesso se dá por meio do módulo introdutório, conceitual: "Integração de Mídias na Educação: concepções e tendências", para que os educadores tenham clareza quanto ao potencial e à irreversibilidade do uso de mídias na educação.Complementa-o o módulo "Gestão de Mídias", para que sejam enfrentados os desafios institucionais de inserção das tecnologias nas salas de aula, escolas e nos sistemas de ensino. Os temas representativos das mídias e suas principais aplicações educacionais constituem blocos temáticos e são: Televisão, Rádio, Informática e Material Impresso. Cada uma das mídias será desdobrada em diversos módulos, garantindo o domínio por parte dos educadores. Haverá níveis crescentes de aprofundamento em cada um desses temas e será garantida a integração entre eles, como, por exemplo, na oferta de "Rádio na Web" ou "Hipertexto no Material Impresso".
A estrutura modular permitirá que novos módulos sejam incorporados ao programa, sempre que se constate demanda ou novas perspectivas tecnológicas, mediante análise da relevância do tema em questão. Múltiplos percursos podem ser desenhados, desde que seja respeitada a característica integradora das mídias entre si e ao projeto pedagógico.
Para incentivar os cursos de licenciatura e de pós-graduação a inserirem as mídias no processo de formação de educadores, buscou-se estabelecer uma correspondência entre a estrutura modular proposta e a oferta usualmente verificada nas disciplinas das universidades, no que diz respeito à sua duração. Nesse sentido, cada módulo deve ter duração mínima de 15 horas, correspondendo a um crédito. Universidades públicas serão parceiras na implementação do curso, mas, futuramente, a proposta será aberta a todos os que tenham interesse em uma formação no tema.
Os módulos do programa estão estruturados em três Ciclos, permitindo o tratamento dos assuntos em diferentes níveis de profundidade, a saber: extensão (120h), aperfeiçoamento (180h) e especialização (360h). Dessa forma, os educadores poderão trilhar um verdadeiro processo de educação continuada. Outras formas de certificação serão possíveis: em módulos e em temas avulsos, resguardadas uma unidade didática e a produção de um trabalho final.
Para todos os níveis, o Projeto "Galeria das Mídias" constituirá um espaço virtual de visualização das produções realizadas durante o programa. Será o espaço das múltiplas autorias.

5. A PEDAGOGIA DA AUTORIA E A INFRAESTRUTURA
A pedagia de incentivo à autoria está ancorada em uma infra-estrutura que fomenta e traduz as inúmeras respostas de atores individuais e coletivos motivados a explorar, analisar, contextualizar, aprofundar, expandir, enfim, a produzir sua própria visão e experiência sobre determinado tema.
Por que iniciar pela TV Escola, integrando-a ao Proinfo? Em primeiro lugar, pela base instalada nas escolas públicas, que, segundo o Censo do Inep em 2004, é a indicada no Quadro 1.
Em segundo lugar, porque há na Seed a política de integração de programas,projetos, mídias e linguagens.
Em terceiro lugar, porque a discussão sobre a TV digital interativa no Brasil ainda não está definida. A Secretaria considera que, com a pedagogia da autoria, pode contribuir para agregar novos e importantes elementos à pesquisa e debates sobre o tema.
A maioria das pautas que discute as possibilidades da tecnologia digital e da integração e convergência de mídias está concentrada em dois pontos básicos: os que se referem à infra-estrutura e os que dizem respeito à produção e veiculação de conteúdos, levando em conta o potencial de interatividade.
A discussão sobre interatividade na TV digital, todavia, está pautada principalmente por aquilo que interessa aos canais comerciais: maior audiência, mais patrocinadores, novos mercados, maior lucro.
Tal opção orienta a definição da infra-estrutura tecnológica necessária à promoção dessa interatividade que permitirá, por exemplo, a escolha de filmes e horários, a seleção de diferentes finais (entre os preparados pelas emissoras), a possibilidade de definir horários alternativos, o acesso aos sites dos patrocinadores e outros serviços.
Nada contra essa vertente, mas ela se fundamenta na capacidade de manipulação e massificação da mídia, mesmo levando em consideração os serviços customizados.
É na educação, todavia, que a TV digital interativa alcança seu mais nobre ideal de interatividade: o que cha-ma o telespectador para a análise crítica dos conteúdos, nele despertando o desejo de agir, de produzir e de divulgar suas criações. É uma interatividade que, como diz Marco Silva5, reconfigura as relações e as comunicações humanas em toda a sua amplitude.
Para que isso aconteça, é preciso equipamento e hardware compatíveis. Do ponto de vista tecnológico, o middleware do terminal de acesso deverá ser concebido, especificado e desenvolvido de forma a facilitar os serviços e sua atualização, seja na alteração de interface com o usuário seja na incorporação de novas funcionalidades. O serviço deve apresentar uma interface de usuário com características como:
ter interface gráfica com elementos facilmente reconhecíveis; .. permitir a disponibilização de conteúdos e aplicações pedagógicas; .. ser auto-explicativa;
ser de fácil utilização/navegação mesmo para usuários com pouca familiaridade no universo digital;
ser de fácil memorização;
possuir aspecto agradável;
ser aderente a padrões de usabilidade e ergonomia.
Do ponto de vista pedagógico, a interatividade deve possibilitar, por meio de um canal de retorno, a comunicação assíncrona/síncrona do usuário com aplicativos residentes no ambiente do provedor do serviço, mediando, inclusive, comunicação com outros usuários. As informações geradas pelo usuário podem ser temporariamente armazenadas e, posteriormente, enviadas ao provedor do serviço pela prestadora de serviços de telecomunicações, conforme a solução de canal de retorno a ser adotada. Como a TV Escola não tem a proposta desubstituir o professor, a comunicação exigida pelo serviço não necessita ocorrer em tempo real (máximo de instantaneidade), pois ela se baseia em informações que podem ser processadas posteriormente, sem prejuízo do desempenho da aplicação.
Há duas grandes questões a resolver. A primeira é desenvolver uma tecnologia e uma produção de conteúdos educacionais que seduzam o usuário, fazendo-o abandonar a atitude quase sempre passiva que adota ante a TV comercial e impulsionando- o a interagir e a produzir. A segunda é desenvolver uma tecnologia cujo canal de retorno suporte as múltiplas produções de alunos e professores.
Enquanto não se define a questão da TV digital interativa no Brasil, é fundamental o uso da TV Escola combinado ao Programa Nacional de Informática na Educação – Proinfo e a outras iniciativas de levar computadores às escolas. Por meio de um computador conectado, é possível terse um retorno mais ágil da produção das escolas. Outros recursos, no entanto, como correio, fax, vídeos e CD ROMs também serão considerados, no sentido de dar visibilidade à autoria dos alunos e professores e de democratizar a pedagogia da autoria. A televisão por IP é um outro caminho que vem sendo explorado e que pode dar novos rumos ao uso da TV e vídeo na escola.
A qualidade na educação é um conjunto de fatores, entre os quais estão as condições de trabalho e de acesso às tecnologias. Os números anteriormente apresentados mostram que ainda há muito a ser feito nesse campo. O Poder Público no Brasil precisa, de forma solidária e cooperativa, investir decisiva e continuamente dotando todas as instituições educacionais públicas de tecnologias da informação e da comunicação. Trata-se de um imperativo categórico: atualmente não é possível ser um bom profissional e realizar um trabalho com elevado padrão de qualidade, em área alguma, sem acesso e domínio das tecnologias.

6. APLICAÇÕES DA PEDAGOGIA
A pedagogia da autoria interessa ao Senac, Senai, Sesi, Senar e Sebrae, a universidades e a outras instituições ou empresas que investem em educação a distância? A resposta é: sem dúvida alguma.
Um dos riscos da educação a distância é a centralização e a tendência a uma padronização e homogeneização das respostas dos cursistas, facilitando a gestão didática e administrativa do curso, Em outras palavras, valoriza-se mais a instrução do que a educação; mais a reprodução do que a criatividade; mais a repetição do que uma construção que possa abrir caminhos não previamente pensados.
Todo processo que não se limita a adestramento e deseja ser efetivamente educacional busca formar um cidadão competente, criativo, capaz de aprender autonomamente. Se a pedagogia que embasa um curso levar á autoria, se os tutores e gestores do curso forem preparados para orientar nesse sentido, se os materiais e as tecnologias disponíveis reforçarem a análise crítica, a iniciativa e o desejo de criar, então teremos pessoas que vêem sua auto-estima reforçada e que se motivam a buscar novos patamares, investindo em educação ao longo de toda a vida.
As instituições que estão envolvidas com formação profissional sabem que o mercado de trabalho contemporâneo está cada vez mais exigente e procura profissionais tecnicamente competentes, mas também capazes de integrar vários campos do conhecimento, com habilidade para juntar teoria e prática, com iniciativa para enfrentar e resolver problemas, com domínio de informática e de idiomas, com capacidade de trabalhar em equipe, um profissional que esteja aberto à atualização permanente e que seja capaz de criatividade, liderança, responsabilidade social...
A proposta da pedagogia da autoria não é uma construção vazia nem de transferência de responsabilidades (do professor para os alunos). É um processo marcado pela riqueza de estratégias didáticas, intencionalidade e profundidade, que se inicia com a exploração (busca de informações em diferentes fontes: livros, TV, internet etc.), continua com a experimentação (comparar, argumentar, testar, extrapolar, enfim, descobrir o que fazer com as informações) e conclui com a expressão direta (autoria, a partir das informações coletadas, analisadas e trabalhadas). Na pedagogia da autoria devem ser consideradas as múltiplas inteligências dos indivíduos, as inúmeras possibilidades de abordagem multidisciplinar e os desafios tecnológicos e de linguagem que decorrem de uma proposta de criação – o que implica destacar, também, a importância da construção colaborativa. Ao assumir o compromisso de expor sua produção à sociedade, o autor torna-se mais consciente e atento à construção do conhecimento e às implicações éticas de seu trabalho.
Assim, descartam-se propostas de cursos em que os professores não planejam previamente e o aluno vai fazendo o que quiser, sem uma organicidade que lhe permita ao final ter construído um sólido conhecimentosobre o tema a que se propôs estudar e produzir.
Não se trata de uma utopia: nossas vivências na Seed mostram essa realidade. Todos os professores que terminam o Proformação transformam- se em leitores competentes, executam projetos finais relevantes para a comunidade em que estão inseridos e passam a demandar por cursos superiores; muitos
educadores utilizaram seu trabalho final no curso TV na Escola e os Desafios de Hoje como projeto para ingresso em mestrados ou especializações; muitos tutores renovaram sua prática no ensino presencial e investiram na elaboração de dissertações e teses sobre o assunto; algumas universidades, como a Ufal e a UnB, incorporaram o curso TV na Escola e os Desafios de Hoje em suas graduações e, fundamentalmente, todos os que passam a dominar as tecnologias percebem que podem trabalhar melhor e crescem como pessoas e como profissionais, razão pela qual ninguém que aprende a explorar as tecnologias abandona seu uso e retorna às velhas aulas restritas a giz e cópias.
Assim concebida, a educação acaba com a dicotomia entre o virtual e o presencial; transforma as inúmeras fontes de informação em motivos para a construção do conhecimento; valoriza todos os sujeitos envolvidos no ato educacional; integra estratégias didáticas, linguagens e tecnologias; harmoniza o global com o local; promove valores éticos de respeito à pluralidade e de compromisso solidário. Uma educação assim concebida adquire qualidade e deixa de ser distante da vida das pessoas, das realidades do mercado de trabalho, das exigências de um mundo tecnologicamente desenvolvido e globalizado, ajudando a vencer os desafios de consolidação de um país desenvolvido economicamente e justo socialmente.
A pedagogia da autoria é uma proposta que contribui para formar sujeitos conscientes, partícipes e autônomos: é uma proposta de qualidade para a educação.
NOTAS
1 - Segundo o Censo Escolar do Inep, no Brasil, há cerca de 6,5 milhões de crianças em creches e pré-escolas, 36 milhões de alunos na educação fundamental, perto de 12 milhões de jovens no ensino médio, quase 4 milhões no ensino superior e aproximadamente 2,7 milhões de funções docentes em exercício nesses níveis de ensino. Esses educandos e educadores estão
distribuídos em mais de 300 mil estabelecimentos de ensino, representando uma capilaridade que nenhuma outra instituição brasileira – hospitais, bancos ou agências de correios – atinge. Se além desses cidadãos matriculados, as escolas alcançarem, pelo menos, um pai ou uma mãe em ações educativas, será possível a construção de um país com justiça social.
2- Conheça mais sobre esses programas no endereço eletrônico: http://portal.mec. gov.br/seed.
3- Ver em http://portal.mec.gov.br/seed.
4- Os dados do Saeb-2003 indicam uma situação dramática na educação brasileira: em Leitura, estão no estágio de proficiência considerado "adequado" apenas 4,8% dos estudantes de 4ª série; 10,3% de 8ª série e 6,2% da 3ª série do ensino médio. Em Matemática, estão no estágio "adequado" somente 6,4% dos nossos alunos de 4ª série; 2,7% de 8ª série e 6,9% do ensino médio. Além disso, a taxa de conclusão do ensino fundamental é de 57,1%, apesar de a média de estudos ser de 8,6 anos. Como conseqüência, o Superior Tribunal Eleitoral indica que, de 120 milhões de eleitores, cerca de 70 milhões são analfabetos ou analfabetos funcionais.
5- SILVA, Marco. Sala de Aula Interativa. 3. ed. Rio de Janeiro: Quartet, 2002.
* Mestre em Política, Planejamento e Gestão da Educação, pela UnB/DF. Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, atualmente exercendo a função de Diretora do Departamento de Produção e Capacitação em Educação a Distância, na Secretaria de Educação a Distância do MEC.E-mail: carmen.neves@terra.com.br
Disponível em: http://www.senac.br/BTS/313/boltec313b.html.
Acesso em: 12 jun. 2008

MOMENTO 5 - “Na EaD é impossível ser feliz sozinho”

Ufa, atingimos o último Momento do Módulo de Acolhimento! Que coisa boa, pois certamente novos conhecimentos foram construídos. Para fecharmos com chave de ouro, convidamos vocês a realizarem um trabalho em grupo: a construção de um projeto colaborativo. Esse será o foco deste Momento 5. Mas outras atividades fazem parte, veja:
1) Leia e estude o texto Blog e Wiki da apostila.
2) Acesse os links abaixo:
Wikipédia: enciclopédia virtual e colaborativa:
Exemplo que um wiki criado por um grupo de alunos na ocasião da elaboração de monografia:
http://monografiapucrio.wikispaces.com/
Programa para criar seu próprio wiki (em português): href="http://www.if.ufrgs.br/cref/wiki/WikiCREF.html" ttp://www.if.ufrgs.br/cref/wiki/WikiCREF.html
Exemplo de um blog criado por um grupo de alunos na ocasião da elaboração de monografia:
http://cursomultiplicador.blogspot.com/
http://cursomultiplicador.blogspot.com/
Sites que fazem a hospedagem gratuita de blo
http://www.uniblog.com.br/"
http://www.blogger.com.br/
"http://www.terra.com.br/"
3) Faça contato com os colegas do seu grupo, que foi designado pelo(a) tutor(a), e dê início à proposta do trabalho em grupo, que está descrita no item Atividade 6: Elaboração de Projeto Colaborativo. Esta atividade é obrigatória e vale 30 pontos!
4) Para concluir, você fará uma auto-avaliação e avaliará o curso também.
Esperamos que essas atividades contribuam ainda mais com os seus conhecimentos.
DÊ SEU DEPOIMENTO DE COMO FOI A CONSTRUÇÃO DO TRABALHO E QUAL SUAS SUGESTÕES PARA FACILITAR A CRIAÇÃO DE UM BLOG QUE TRAGA UM BOM CONTEÚDO.

MOMENTO 4 - “Um bom caminho se faz com boas ferramentas”

Percorremos por alguns conhecimentos durante esses dias de atividades intensas e agora cada um de vocês parece estar mais familiarizado com a dinâmica própria da educação a distância. Que bom!
Neste Momento 4 a ênfase será:
1) Elaboração de um glossário de termos do universo da EaD. Cada um de vocês pode inserir quantas palavras quiser ao longo do curso. Para inserir uma nova palavra, basta acessar o Glossário e clicar em "Novo Item".
2) Participação do Fórum "Tecnologias no cotidiano do aluno";

FALE UM POUCO SOBRE A IMPORTÃNCIA DESTA TAREFA.

MOMENTO 3 - "Quando se conhece a história se caminha melhor"

Que bom, aos poucos conhecemos um pouco mais a dinâmica própria da educação a distância. Neste Momento abordaremos alguns aspectos conceituais que envolvem um curso desta natureza. Você pode começar pelo vídeo: assista o vídeo sobre EaD, disponível no CD-ROM e anote os pontos que considerar importantes. Depois faça uma leitura atenta dos textos indicados.
As atividades deste Momento são as seguintes:
2) Realização de pesquisa dirigida na máquina de busca Google de modo que você conheça algumas dicas importantes para localizar aquilo que deseja na Web.
Construção de um mapa conceitual que represente um dos conceitos vistos neste Momento. Lembre-se de que você pode fazer o seu mapa usando o programa CmapTools, disponível no seguinte endereço: http://cmap.ihmc.us Com esse programa você conseguirá construir o seu mapa com muito mais facilidade!
Estamos disponibilizando um tutorial do Cmap Tools na plataforma.
Aproveite essas atividades para aprofundar seus conhecimentos sobre os assuntos estudados.
QUAL FOI SEU APRENDIZADO COM AS TAREFAS PROPOSTAS?

Momento 2- Traçando o caminho na EaD”

Muito bem! Esperamos que após esses primeiros dias você já se sinta mais a vontade em nosso ambiente de aprendizagem. Mas sabemos que essa familiaridade é conquistada um pouco a cada dia. Portanto, precisamos continuar nossa trajetória e para isso reservamos as seguintes atividades para o Momento 2:
1) Participação no fórum "Gestão do tempo" para que cada um exponha as estratégias criadas para organizar suas atividades diárias dentro do tempo que se dispõe (atividade obrigatória).2) Elaboração de um fichamento sobre o texto 2, cuja temática é "Técnicas de estudo" (atividade obrigatória).3) Familiarização com alguns recursos do Google Apps Education, com a realização de tarefas práticas.
Converse sempre com seu tutor e procure interagir com os colegas. E não esqueça de acompanhar o seu próprio desempenho nas atividades, por meio do preenchimento do check list.
APÓS AS TAREFAS PROPOSTAS PELA TUTORA, COMPARTILHE O SEU APRENDIZADO.

Atividade 1 Abrindo Caminho


Prezado aluno,Este primeiro momento é reservado à sua familiarização com o ambiente e com a proposta do Módulo. Sendo assim, planejamos as seguintes atividades para você:
1) Ambientação no Moodle (existe uma relação de tarefas práticas para você realizar);
2) Participação no fórum "Abrindo o caminho", onde cada um fará uma apresentação informal com suas expectativas, vivências etc.
3) Para concluir, você fará um relato desses primeiros dias no curso (atividade obrigatória).
Consulte o cronograma e esteja atento(a) às orientações do seu tutor. Bom trabalho!
Deixe aqui seu depoimento sobre sua trajetória por estas etapas.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Influência das tecnologias no cotidiano do aluno a distância

Na atualidade a educação a distância é uma modalidade que pode promover a democratização e a universalização do ensino. As novas tecnologias, sem dúvida, influenciam a utilização destas ferramentas nos processos de ensino-aprendizagem.
Para muitos, as inovações tecnológicas são indispensáveis para esta modalidade de ensino.

Reflita um pouco a respeito da influência das tecnologias no cotidiano do aluno a distância.

A importância da gestão do tempo



Em nossa vida pessoal ou no trabalho, lidamos com várias dimensões que exigem organização e gestão, como por exemplo: as informações recebidas, os relacionamentos que mantemos em nosso ambiente familiar ou de trabalho, novas demandas que emergem e exigem a tomada de alguma decisão.
Uma das dimensões bastante evidenciada é a gestão do tempo. Sendo assim, analise as estratégias usadas para fazer a gestão do tempo em relação às atividades pessoais e/ou profissionais.
Dê sua opinião de como melhorar a organização da vida pessoal e profissional no dia a dia.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Os Mapas-Rúbem Alves



O sexto planeta era de vez maior. Era habitado por um velho que escrevia livros enormes "Ora, vejam! Eis um explorador!", Exclamou ele logo que avistou o Pequeno Príncipe. O principezinho assentou-se a mesa, meio ofegante. Já viajava tanto! "De onde vens?", perguntou-lhe o velho, "Que livro é esse", perguntou-lhe o Pequeno Príncipe. "Que faz o senhor aqui?", "Sou um geógrafo". Respondeu-lhe o velho. "Que é um geógrafo?", perguntou o principezinho. "É um especialista que sabe onde encontrar os mares os rios, as cidades, as montanhas, os desertos"."Isso é bem interessante", disse o Pequeno Príncipe. "Eis, afinal, uma verdadeira profissão".E lançou seu olhar ao redor, no planeta do geógrafo. Nunca havia visto um planeta tão grandioso. "O seu planeta é muito bonito. Há oceano nele?" "Não sei te dizer" disse o geógrafo. "E montanhas?" "Não sei te dizer"."E cidades, e rios, e desertos?" "Também não sei te dizer", disse o geógrafo pela terceira vez. "Mas o senhor é um geógrafo!" "É verdade" disse o geógrafo. "Mas não sou um explorador. Não é o geógrafo que vai contar as cidades, os rios, às montanhas, os mares, os oceanos, os desertos". O geógrafo é muito importante para estar passeando..." O Pequeno Príncipe, Antoine Saint-Exupery
Aprendizagem no espaço e no tempo em que a vida estava sendo vivida!
Faz algum tempo comecei a ficar intrigado com o conhecimento que até então me havia passado despercebido. Eu tinha consciência dele, mas nunca havia parado para pensar. Esse conhecimento é a construção de mapas dentro da nossa cabeça. Os mapas,antes de existirem no papel, existem como realidades virtuais, como idéias.
A construção de mapas, talvez, nosso primeiro impulso de aprendizagem da vida. Os mapas são criados para marcar os caminhos, trilhas por onde caminhar no espaço abstrato do mundo. Servem para nos levar do lugar onde estamos para o lugar onde desejamos ir. Veja o bebezinho. Ele nada sabe sobre o mundo, exceto uma coisa: Há algo que dói dentro dele, a fome. E há também objeto delicioso que sacia a sua fome, seio da mãe. E logo ele aprende que o caminho que o leva da fome ao seio da mãe é o choro. É um caminho extraordinário, pois não é preciso caminhar para chegar ao seu destino. O choro é uma invocação: o bebê chama o objeto do seu desejo e ele vem. Quando crescemos, aprendemos que esse caminho não funciona sempre. Não basta chorar para o objeto desejado vir até nós; há que caminhar; temos de ir até ele.
O primeiro mapa do bebê se constrói com sons: o choro. O choro marca um destino. Muitos mapas se fazem com sons. Lembro-me das instruções que um homem me deu para que eu chegasse a casa de Carlos Rodrigues Brandão, meu amigo, lá em Pocinhos do Rio Verde. "O senhor vá por essa estrada e ao ouvir o barulho de uma cachoeira, vire a direita..." Com a informação recebida, um sinal sem sentido se transformou numa trilha.
Com o desenvolvimento da vida, o espaço se amplia. A criança aprende o caminho para a cozinha, para o banheiro, para a caixa de brinquedos, para a geladeira. Um certo cheiro diz que, na cozinha, estão fazendo brigadeiro... Trilhas também se fazem com cheiros...
Aí a vida se explica ainda mais. Os mapas da casa ficam mais detalhados. Só me oriento na minha casa porque tenho mapas na minha cabeça onde estão indicados os lugares das coisas: O que as gavetas guardam, as prateleiras e os livros, a caixa de ferramentas, o guarda-roupas, a geladeira... Todas essas informações estão no espaço de latência. Dormem. Quando preciso de uma coisa, uma trilha salta do seu sono e me diz que trajeto seguir.
Os mapas que existem na minha cabeça são uma organização abstrata do espaço. Eles nada me dizem sobre os caminhos a serem tomados. Mas quando o desejo surge, ele marca, nos mapas abstratos, as trilhas e os caminhos da vida. Uma trilha é coisa viva, parte do meu corpo.
O mundo continua a crescer. A vizinhança, o bairro, a cidade, o país, o mundo, o universo. Os homens criaram mapas do universo porque queriam que o seu pequeno endereço da Terra fosse um caco no grande mapa-mosaico que é o universo. Aprenderam que as estrelas são sinais que indicam os caminhos a seguir, na Terra. Os magos seguiram a estrela... Ainda hoje, quando viajo, gosto de olhar as estrelas para saber em que direção estou indo. E me pergunto: Em que direção guiaria meu avião para voltar a minha casa?
Do choro do bebê à contemplação das estrelas um mesmo desejo em operação: queremos chegar a lago. O puro mapa geográfico desenha um espaço abstrato, como o do geógrafo de O Pequeno Príncipe. Esses mapas, nesse estado, não interessam a vida porque não indicam direções. Mas basta que o desejo apareça para que no espaço indiferente do mapa apareçam trilhas e caminhos pulsantes, que indicam as direções. O ET, na saudade de sua casa, olhava para o céu estrelado, identificava uma dentre milhões e dizia: "Home, home" – lar, lar.(contou-me um neurologista amigo que um dos primeiros sintomas do mal de Alzheimer é o esquecimento dos mapas).
Joãozinho e Maria usaram as pedrinhas que tinham nos bolsos para marcar a trilha, a única que lhes interessava, a única que os levaria de volta ao lar. Quando os passarinhos comeram as migalhas de pão que haviam lançado pelo caminho elas ficaram perdidos e caíram na casa da bruxa.
Palavras. Todas as conversas são explorações de mapas e trilhas. Falamos para indicar caminhos, sejam os da cidade, sejam os da alma. Porque a alma também tem caminho. Quem não os souber não chegará lá. A psicanálise é um mapa da alma. A terapia são as trilhas. Não é curioso que usemos a palavra
"carta" tanto para nos referimos aos mapas dos geógrafos quanto às cartas dos amantes?
Há muitos anos Weley Duke Lee produziu uma série de mapas artísticos aos quais de o nome de "Cartografia Anímica". Não eram mapas geométricos, como os dos Atlas. Eram mapas da vida, da alma.
Em suas origens, a função dos mapas era mostrar as trilhas a serem seguidas em busca de lago que desejava: a fonte, a caça, o tesouro, a mulher amada. As trilhas revelam os segredos do coração. Começam na ignorância: nada se sabe. O desejo mais a ignorância conduzem a uma "excursão", uma exploração sem direção certa do espaço ao redor do corpo, o entorno. O geógrafo se queixava da inexistência de exploradores, o que tornava impossível sua importante tarefa de fazer mapas. Na excursão sem direção certa, o explorador vai encontrando coisas. Aquelas que considera importantes, nelas deixa suas marcas. É claro que a "importância" vai depender do desejo que faz os olhos remexerem...
Eu estava numa praça, assentado num banco, matando tempo. Aproximou-se um menino engraxate. Deixei que ele engraxasse os meus sapatos. Conversamos. De repente, ao ver um homem que se aproximava – estava bem longe ainda -, ele disse: "Lá vem um freguês!". Perguntei: "Seu amigo?" Ele me olhou surpreso, como se minha pergunta fosse tola: "O senhor não olhou pros sapatos dele?". Os mapas daquele menino não eram os meus mapas. Os sinais que batizam os mapas de um engraxate são sapatos. Sapatos de couro, preferivelmente. Não incluem havaianas, tênis, sandálias... Por isso as trilhas dos meninos engraxates passam por praças e jardins. É nas praças e nos jardins que eles encontram suas caças... Voltarão depois, não mais excursionando. Voltarão para os lugares já sabidos. Assim, quando um outro, que nunca excursionou, fizer a pergunta, o engraxate que já foilhe mostrará a trilha. Antes das trilhas, o caminhar. "Caminhante, não há caminhos. Os caminhos se fazem ao caminhar", escreveu Antonio Machado.
***
O biólogo Jakob Johann von Uexküll fez uma deliciosa sugestão poética sobre a forma como os animais mapeiam os seus mundos. O senso comum pensa que existe um único espaço igual para todos. Borboletas, ouriços, macacos, lemas sã todos habitantes de um mesmo espaço. Cada um deles trata de aprender a se mover nesse espaço único, igual para todos. Uexküll disse que não é assim. No processo de construir seus mapas, cada animal parte da hipótese de que o mapa do mundo é igual ao mapa do seu próprio organismo. Haveria, então, muitos mapas diferentes, os mapas-borboletas, os mapasouriços, os mapas-macacos, os mapas-lemas...
Para explicar sugestão tão estranha, ele lançou mão de uma metáfora musical. Imagine que o mundo é uma harpa gigantesca. Cada animal é uma melodia que se toca. Quando essa melodia se faz ouvir, as cordas da harpa que lhe são harmônicas começam a vibrar. As outras, que não lhe são harmônicas, ficam inertes. É como se não existissem. É isso que o animal conhece do mundo: aquilo que, nele, vibra com a sua própria melodia! O mundo então soa como uma sinfonia que só o animal pode ouvir.
Isso nos conduz a uma observação que fez Piaget, em seu livro Biologia e conhecimento. Ele diz que a aprendizagem é um processo de assimilação progressiva do espaço ao redor do corpo. Essa assimilação do espaço é a prioridade cognitiva do corpo, porque desse conhecimento depende sua sobrevivência. À semelhança da ameba que lança seus pseudópodos, fazendo-os excursionar pelo seu entorno, a fim de comer o que, de alimento, encontrar. O corpo do animal não termina na pele. Estende-se pelo seu entorno. O entorno é comida. Só é digno de ser aprendido o espaço que pode ser comido. Aprender, apreender, comer. Aprendiz: aquele que come o seu espaço. Traduzido pedagogicamente: é esse espaço vital, anímico, gastronômico, extensão, parte do meu próprio corpo, que estabelece o programa de aprendizagem.
Desdmond Morris, antropólogo, autor do livro O macaco nu, sugeriu que muitos dos nossos comportamentos culturais são transformações de comportamentos animais. Os cães e os lobos marcam os seus mapas urinando. Seus marcos são feitos com cheiro. Os pássaros fazem seus mapas com sons: cantam. Nós fazemos uso de outros artifícios para marcar nosso espaço: penduramos quadros nas paredes, enchemos a casa com objetos, pintamos as paredes com nossas cores favoritas, acendemos incenso, tocamos musica, fazemos jardins... De vez em quando os decoradores se metem e decoram a casa segundo padrões abstratos, que nada tem haver com o morador. A casa fica, então, esquisita. Esteticamente elegante, sem ser lar. Casa boa é aquela da qual se diz: "Tem a cara do morador". Isso é verdadeiro para todas as criações verdadeiramente humanas. Como o Criador, estamos destinados a criar o nosso espaço à nossa imagem e semelhança. E é lição da psicanálise: estamos à procura de nós mesmos. Queremos um mundo que tenha a nossa cara. Somente um mundo com nossa cara pode ser lar.
É por isso que os verdadeiros cartógrafos são os artistas e todos os artistas são cartógrafos.
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Conversei com um grupo de professores do Aprendiz. Contaram-me do trabalho que estão desenvolvendo com os alunos de uma escola parceira. (Lembram-se do conceito de "intervenção"? Uma agulha introduzida num ponto da pele que mexe com o corpo inteiro, uma pedrinha lançada na superfície das águas de um lago e que produz ondas concêntricas que vão se espalhando... Muitas escolas estão sendo atingidas pelas ondas...) Mostraram-me o primeiro esboço do que estão fazendo: um mapa do entorno da sua escola. Um mapa curioso: não havia indicação de ruas. O que havia era a indicação dos lugares. Lugares especiais, escolhidos pelos alunos como dignos de serem freqüentados. Havia até a indicação de um lugar apropriado para a cabulação de aulas. Também os lugares que ficar enquanto se está cabulando uma aula pertencem ao mapa anímico dos estudantes. Lugares bons de ficar, de se
encontrar pra conversar. Era um mapa de destinos. As ruas viriam depois, caminhos... É assim que se desenham os mapas anímicos: começando pelo fim. O que os distingue dos mapas dos geógrafos que indicam o que existe, o Norte, o Sul, o Leste e o Oeste, mas nada dizem sobre destinos. Somente depois de escolhidos os destinos é que se inicia a busca dos caminhos.
Escrevi isso e o meu pensamento parou, interrompido pela dúvida. Será assim mesmo? Os caminhos serão apenas meios? Não serão também destinos? Nietzsche se ria dos turistas que subiam as montanhas como animais, estúpidos e suados, cegos a toda beleza que se encontrava à beira dos caminhos. Não haverá uma alegria em se estar simplesmente indo e vendo? Só os adultos usam os caminhos como meios para chegar a um destino. As crianças, ao contrário, vão andando com olhos encantados, sem pensar muito no ponto de chegada, atentas aos espantos que moram à beira dos caminhos. Eu senti alegria enquanto caminhava pelas trilhas do Aprendiz. Como disse o Riobaldo, filosoficamente, "o real não esta na saída nem na chegada; ele se dispõe para a gente é no meio da travessia". Coisa boa esta, quando os caminhos também são destinos... Vagabundear pelas ruas da cidade é também um destino?
O mapa esboçado pelos estudantes confirmou minha suspeita: para o Aprendiz, a aprendizagem acontece no entorno vital. E ela se inicia com a construção de mapas e trilhas. O mosaico do Aprendiz, assim, terá a forma de um mapa cotado por trilhas que levam aos lugares bons de se estar. São esses mapas e trilhas que indicam os caminhos por onde deve andar o aprendiz para aprender. Não mais programas. No seu lugar: nas grandes cidades, nos bairros, nas favelas, nas pequenas vilas, nas praias de pescadores, nas montanhas, no campo, nas regiões ribeirinhas da Amazônia... Entornos diferentes, vidas diferentes, mapas diferentes, trilhas diferentes, programas diferentes, saberes diferentes. Assim deve ser, para se viver. Quem não tem mapas e trilhas fica perdido.

Competências necessárias para um aluno bem-sucedido no ambiente de e-Learning


*Daniel Birch
Muito já foi escrito sobre o impacto do e-Learning em desenvolvedores de conteúdo, instrutores e gerentes de treinamento. Quando a discussão se vira para os treinandos (alunos), a atenção tende a focar o impacto de menos viagens e menos tempo disponível para seus trabalhos. Mas não se explora o modo como o comportamento do treinando deve mudar quando a pessoa está num ambiente de e-Learning.Para direcionar a maioria dos investimentos em e-Learning, nós precisamos antes questionar como as habilidades que servem bem aos alunos em uma sala de aula ou no processo de aprendizagem se adaptam, ou não, às experiências de um ambiente colaborativo virtual e individual. Precisamos de novas competências para o aprendizado? Será que algumas pessoas não possuem a habilidade para o e-Learning?Novas tecnologias nem sempre exigem novas competências. Invenções e avanços geralmente fazem as coisas funcionarem de modo mais fácil. Um bom exemplo de uma tecnologia que exige dos usuários um novo comportamento para ser eficiente é o sistema ABS de freios para automóveis.O ABS foi estabelecido como equipamento padrão na maioria dos carros fabricados em 1987. O objetivo do sistema ABS é prevenir que os freios do veículo travem, fornecendo mais controle ao motorista. Contudo, desde 1987, nenhuma diminuição significativa em acidentes de automóveis pode ser atribuída ao ABS.Supomos que a razão para isso é que o uso correto do ABS exige do motorista uma técnica diferente para se usar o pedal de freio. Muitos motoristas simplesmente não estão familiarizados com a nova técnica. Eles passaram em seus testes de motorista antes do ABS ser implementado e não precisaram fazer o teste novamente para mostrar que assimilaram a nova tecnologia. Sem uma mudança de comportamento por parte dos motoristas, os benefícios da tecnologia são perdidos.Vamos dar um passo para trás e olhar para um Modelo de Competência do Aluno que se enquadra no contexto da experiência do aprendizado em três níveis: 1. Entre o aluno e o ambiente (auto-orientação) 2. Entre o aluno e o conteúdo 3. Entre o aluno e o colaborador virtual (colaboração)Competências de auto-orientaçãoO aprendizado de auto-orientação é qualquer forma de estudo na qual o estudante possui a responsabilidade primária por planejar, executar e avaliar seus esforços. Os alunos bem-sucedidos neste quesito possuem características como autoconhecimento, auto-suficiência e autoconfiança .Autoconhecimento é a identificação da necessidade de se aprender algo, e o compromisso com o desenvolvimento desta habilidade ou falta de conhecimento. Auto-suficiência é a habilidade de gerenciar a atividade de aprendizado para garantir a conclusão bem-sucedida e a realização dos objetivos estabelecidos. Autoconfiança é a crença de que se é capaz de aprender de um modo auto-orientado. Em outros termos, autoconhecimento significa “Eu preciso aprender”, auto-suficiência significa “Eu sou responsável por meu aprendizado” e autoconfiança significa “Eu posso aprender”.
Autoconhecimento (“Eu preciso aprender”)TO autoconhecimento começa com a pessoa reconhecendo que precisa de algum treinamento. Um aluno de e-learning consegue identificar e priorizar suas habilidades pessoais e as áreas em que precisa desenvolver seu conhecimento. Muitas empresas possuem modelos de desenvolvimento profissional das habilidades e conhecimentos que os funcionários devem ter. Os gerentes e líderes devem ser consultados sobre inputs e conhecimentos que devem ser desenvolvidos, mas sempre que possível o aluno deve buscar testes de avaliação; estes são incluídos com freqüência nos programas de treinamento que as companhias disponibilizam para suas equipes.Nas situações onde a identificação da necessidade de treinamento vem de uma fonte externa, como um gerente ou o departamento de RH, o autoconhecimento exige que o próprio aluno concorde que o treinamento é necessário. Diante de um grande catálogo de opções de treinamento, o autoconhecimento ajuda a diagnosticar melhor qual habilidade deve ser desenvolvida. Por exemplo, uma pessoa pode pensar que precisa de um treinamento em softwares de gerenciamento de projetos, mas talvez precise, de fato, aprender sobre conceitos de planejamento de projetos primeiro.Os motivadores tradicionais para o e-Learning são geralmente fontes sociais, como reconhecimento, conformidade, desenvolvimento de carreira e competição. Para quem possui autoconhecimento, a fonte de motivação deve ser mais orientada para a realização. Alunos bem-sucedidos são motivados por um benefício direto, que seja valioso para eles e que aparece como o resultado do aprendizado completo. Assim como é verdade que para a maioria do aprendizado “on-the job”, uma das melhores maneiras de se manter motivado e não perder o foco é possuir um problema específico para se resolver, ou uma tarefa a completar, que não possa ser feita até que se aprenda o assunto em questão. Sem isso, o aluno deve tentar especificar qual habilidade precisa ser desenvolvida, em termos de carreira ou aspecto pessoal.Auto-suficiência (“Eu sou responsável por meu aprendizado”)Auto-suficiência é o gerenciamento eficaz dos recursos tempo e aprendizado. O formato tradicional de ensino condicionou os alunos a serem passivos – a sentar, ouvir e absorver informação, e depois aplicá-la no futuro. Os alunos de e-Learning bem-sucedidos gerenciam seu aprendizado assim como qualquer outra atividade importante: eles estabelecem metas claras, prazos, planos detalhados, recursos seguros, monitoram e documentam seus progressos. Além disso, quando podem, eles também fixam acordos com seus gerentes e outras pessoas que supervisionam seu tempo, para que a atividade de aprendizagem seja uma prioridade. O aprendizado não terá êxito a não ser que o indivíduo tenha um enorme senso de propriedade e responsabilidade quanto ao processo em si.O ambiente do funcionário pode não ser sempre condizente com o aprendizado. Já que a maior parte do e-Learning é feita em um computador em uma mesa de escritório, a proximidade com os colegas, o telefone, e-mail e outras tarefas são distrações inevitáveis. Em casa as distrações também existem, como os membros da família, a televisão, a cozinha. Não há dúvidas de que o e-Learning exige disciplina.Colocar algum cartaz do tipo “Não perturbe” no escritório pode ajudar a afastar os colegas na hora do e-Learning, mas os alunos bem-sucedidos em seus cursos, além disso, irão fechar seu programa de e-mail, desligar os telefones e limpar seu espaço de qualquer distração. Eles reconhecem e removem todas as fontes possíveis de distração. (TV, telefone, etc).Autoconfiança (“Eu posso aprender”)Aqueles que se acostumaram a ter o ensino organizado e preparado por outras pessoas podem não ter confiança em sua capacidade de aprender por conta própria. Embora a colaboração virtual e os tutores estejam cada vez mais presentes nos cursos, nas situações em que os alunos estão completamente sozinhos, a falta de um feedback externo pode fazê-los questionar seu progresso e cumprimento das metas. Alunos confiantes reconhecem que o constrangimento às vezes causado por um erro num ambiente normal de sala de aula são minimizados num ambiente de e-Learning, e então se dispõe a correr riscos maiores. Os alunos que se saem bem num ambiente de e-Learning identificam maneiras ativas de testar e aplicar seu conhecimento adquirido, e se recompensam pelo próprio sucesso.Competências MetacognitivasMetacognição se refere a um estado avançado de pensamento que envolve o controle ativo dos processos cognitivos relacionados a e-Learning.Em termos mais simples, metacognição é “pensar sobre o modo como você pensa”. Pensamentos metacognitivos são planejados, deliberados, objetivamente direcionados e orientam o comportamento para o futuro, de modo que podem ser usados para realizar tarefas cognitivas.Alunos de e-Learning bem-sucedidos possuem um sólido entendimento do processo de aprendizado, possuem suas próprias orientações acerca dele, e sabem como estruturar suas atividades de aprendizado (“Eu sei como eu aprendo”). Eles também possuem a capacidade de avaliar seu progresso objetivamente (“Eu sei se estou aprendendo”).Processo de Aprendizado (“Eu sei como eu aprendo”)Os alunos de e-Learning são em grande parte responsáveis pela estrutura de seu processo de aprendizagem, eles precisam entender como se aprende. Isto possibilita a criação e o planejamento de um programa de estudo que funcione melhor para eles. As premissas da teoria de aprendizado dos adultos são bem conhecidas daqueles que planejam e oferecem treinamento, mas na maioria das vezes são um mistério para os treinandos. Independente do modelo usado, os alunos de e-Learning bem-sucedidos entendem os princípios básicos da teoria de aprendizado dos adultos, reconhecem seu próprio estilo de estudo e suas orientações e estruturam sua experiência de e-Learning usando as estratégias que serão mais eficientes para o seu caso.Algumas técnicas adotadas por alunos de e-Learning bem-sucedidos incluem: revisões do conteúdo estudado; anotações; revisões de tópicos compreendidos anteriormente e tópicos relacionados ao assunto; desenvolvimento de modelos (diagramas, tabelas, etc) que organizem a informação de modo que elas tenham um significado pessoal; associação de novas informações a assuntos já aprendidos para a aplicação do conhecimento em uma situação mais complexa e difícil.Auto-Avaliação (“Eu sei se estou aprendendo”)Um aspecto crítico do processo de e-Learning é uma honesta e exata auto-avaliação. Ela se distingue da habilidade de auto-suficiência de monitorar o progresso frente a um plano, desde que o foco não esteja no cumprimento das tarefas e na resposta dos testes, mas se o aprendizado está sendo mesmo real.Alunos de e-Learning bem-sucedidos buscam oportunidades para aplicar seus novos conhecimentos, e medem seus resultados objetivamente, sempre respeitando suas intenções originais de aprendizado primeiro lugar. Eles também avaliam se estão gerenciando de forma eficiente seu processo de aprendizado. Os alunos mais avançados podem até mesmo chegar ao ponto de identificar se há um impacto nos negócios ou um retorno sobre o investimento em seus esforços de aprendizagem.Competências de ColaboraçãoAs competências de colaboração são aquelas necessárias quando se participa de uma atividade online síncrona ou assíncrona, o que pode incluir sessões de chat, troca de e-mails, fóruns de discussão, mensagens instantâneas e classes virtuais.Dois temas principais dominam as competências desta área. Primeiro: no aprendizado colaborativo online, toda a linguagem corporal, e em muitos casos, o tom de voz, não estão presentes. Segundo: no modo assíncrono, os colaboradores, incluindo os tutores e pares, podem não estar envolvidos no processo de aprendizado ao mesmo tempo. Os alunos bem-sucedidos em e-Learning precisam ter competências em comunicação virtual, reação assíncrona e feedback virtual.Comunicação Virtual (“Eu sei o que você quer dizer e você sabe o que eu quero dizer”)Fala: nós estamos acostumados a se comunicar com nossos corpos quando usamos a voz. Pessoas que costumam se expressar bem em uma sala de aula virtual se parecem com aquelas personalidades talentosas de rádio ou com dubladores de desenho animado: eles sabem usar seus corpos quando falam, e sabem como usar o ritmo, o volume e as pausas para expressas suas intenções e sentimentos.Audição: Uma audição ativa num ambiente de colaboração virtual se torna mais difícil pela ausência da observação da linguagem corporal. A atenção deve ser maior para as variações no tom de voz, assim como tentar se antecipar à direção que os tutores irão tomar, além da preocupação em fazer perguntas claras, refazê-las quando preciso e resumi-las, quando solicitado.Escrita: A escrita numa sala de chat, num fórum de discussão ou num e-mail deve ser clara, concisa e livre de erros de lógica e gramaticais. Uma das vantagens do ambiente assíncrono, assim como dos fóruns de discussão é que o aluno tem tempo para checar as informações, refletir e se posicionar perante elas antes de publicar sua opinião. A inteligência do colaborador será julgada pela qualidade de sua escrita. Para construir relacionamentos com os colaboradores virtuais, o aluno de e-Learning deve deixar sua personalidade se manifestar em sua escrita.Leitura: Ao ler textos escritos por outras pessoas, deve-se tomar cuidado para não se ater somente ao que foi escrito. Muitas das habilidades auditivas mencionadas acima também se aplicam à leitura.Reações Assíncronas (“Eu estou aqui”)Ferramentas assíncronas, assim como as listas de discussão e trocas de e-mail podem ser fáceis de ignorar ou podem levar muito tempo para serem respondidas. Evitar confrontos nesses casos é muito simples, basta ignorar as mensagens de quem você discorda. E é mais fácil manter a informação guardada quando se está em um ambiente de competição. Ser um bom “cidadão virtual” significa compartilhar as informações abertamente, respeitando a opinião dos outros e participando prontamente das atividades assíncronas. Aqueles que não demonstram estas habilidades podem facilmente ser dispensados por seus colaboradores virtuais.Feedback Virtual (“Como estou me saindo?”)Um treinamento em sala de aula conduzido por um instrutor não precisa necessariamente oferecer aos treinandos um feedback formal, mas eles inevitavelmente terão um feedback informal baseado no seu comportamento individual. Alunos de e-Learning precisam saber como solicitar feedback de forma oportuna e regular. Algumas atividades virtuais de colaboração não possuem nem mesmo um instrutor para controlar o processo. Sendo assim, é necessário solicitar o feedback dos pares.Alunos de e-Learning devem entender o tipo de feedback que eles precisam, e quem poderá oferecer este feedback a eles. Eles devem buscar e oferecer um feedback que focalize o desempenho específico, e o relacione aos objetivos e às expectativas do treinamento, seus efeitos, e suas conseqüências. Além disso, os alunos de e-Learning bem sucedidos devem oferecer aos facilitadores um feedback das atividades e se certificarem de que as sessões online correspondem às suas necessidades no que diz respeito ao ritmo e compreensão.Você está fazendo os investimentos certos?Conforme as companhias fazem investimentos em novas tecnologias de e-Learning, uma justificativa popular para estes investimentos é a noção de que a habilidade dos funcionários para aprender mais rápido pode dar à empresa uma vantagem competitiva. Para que os benefícios competitivos do e-Learning sejam alcançados, somente um conteúdo de primeira linha entregue na mais moderna plataforma não é suficiente. As companhias precisam que seus funcionários também sejam alunos de primeira linha. A menos que eles desenvolvam em seus funcionários as competências para que o e-Learning tenha sucesso, o retorno sobre o investimento em conteúdo e tecnologia pode não ser alcançado.
http://www.portaleducacao.com.br/ensinando/principal/conteudo.asp?id=2691*Especialista eme-learning, IBM Business Consulting Services